Um Paper sobre

Frankenstein

de Mary Shelley


Pedi, ó meu criador, que do barro

Me fizesses homem? Pedi para que

Me arrancasses das trevas?

(O Paraíso Perdido, X, 743-45)



Prefacio

Estava eu pesquisando material sobre arte gótica, o suposto tema deste segundo trabalho, quando, da mesma forma que o anterior, me deparei com um assunto desse período mais interessante do que o período inteiro. Tendo lido o livro Frankenstein da Mary Shelley a pouco tempo, achei que seria mais construtivo fazer o trabalho sobre ele do que falando mais uma vez sobre arte gótica no geral, que já foi vista em aula. Escrito em 1816, o livro da Sra. Shelley é considerado um dos maiores clássicos da literatura gótica, gênero que só foi surgir no século IX. Por ser obviamente inspirado na arte gótica espero que este trabalho possa ser considerado, já que literatura é uma forma de expressão artística e tudo o que envolve esse gênero, tanto o artístico dos séculos X-XIV quanto o literário iniciado no século IX, traz basicamente “a mesma alma”. Assim como Batman e Gotham City surgiram com muita inspiração nas catedrais góticas do século XII, um universo inteiro de material artístico existe e ainda é criado hoje sobre este mesmo rotulo.

 

Catedral de Burgess

Catedral de Burgess


Rápida Biografia de

Mary Wollstonecraft Shelley

(1797-1851)

Mary Shelley

Mary nasceu em Somers Town, Inglaterra, em 1797, filha de pais de renome: a escritora e feminista Mary Wollstonecraft e o filosofo William Godwin. Infelizmente, a Sra. Wollstonecraft morreu ao nascimento de Mary. Ela é assim criada pelo pai e sua nova esposa.

Quando tinha apenas 16 anos Mary conheceu o jovem poeta Percy Bysshe Shelley, um devoto dos ensinamentos do seu pai. Junto com a meia-irmã de Mary eles foram para Europa continental varias vezes, mesmo sabendo que Percy Shelley já era casado. Em 1816 eles ficaram um período com Byron e Polidori em Genebra. Durante a estadia lá surge a idéia do livro. Mais tarde no mesmo ano, a esposa de Percy se afoga propositalmente, e Mary e Percy se casam em dezembro de 1816.

Os últimos anos de casamento são cheios de desastres para Mary. Sua meia-irmã morre assim como duas de suas filhas. Mary se deprime, uma tendência provavelmente adquirida de sua mãe. A tristeza é só parcialmente aliviada com o nascimento de Percy, o único filho sobrevivente do casal. Mary e seu marido eventualmente se mudam para Itália, onde Percy (o pai) morre afogado durante um passeio de barco em 1822. Mary fica determinada a manter a memória de seu marido viva. Publica, assim, varias edições dos escritos de Percy e adiciona notes e prefácios a eles.

Ela também continua a escrever suas próprias novelas, sendo a mais famosa “O ultimo homem” (“The Last Man”), de 1826. Este livro lida com a isolação de um ser humano em relação aos outros mais ou menos como em Frankenstein. Ela também escreve varias historias curtas e contribui com estudos biográficos e críticos para a Enciclopédia Cabinet.

Mary passou os últimos anos de sua vida na companhia de seu filho e dois bons amigos. Durante a sua vida ela tentou com vigor se livrar das amarras impostas a ela por ser filha e esposa de pessoas tão conhecidas da sua época. Ela manteve suas opiniões liberais ao mesmo tempo que tentava se encaixar numa sociedade bastante conservadora. Mary ate escreveu uma “apologia” em seu diário, em que revela o ‘estresse de uma vida tentando se manter no padrão, e ainda sair da obviedade, de seus pais e marido’.

Mary Wollstonecraft Shelley morreu em 1851 na idade de 53.

 

Frankenstein,

ou O Moderno Prometeu

(Este é um resumo completo do livro. Se você não o leu ainda e pretende ler, não leia este capitulo)

O livro conta a vida do Dr. Victor Frankenstein e da criatura por ele concebida. Um explorador inglês, Robert Walton, esta comandando uma expedição para o pólo norte, e por cartas para sua irmã conta o que acontece durante a viagem. Um dia o navio se encontra cercado de gelo por todos os lados, e é quando aparece um homem em péssimas condições físicas: Dr. Victor Frankenstein. Quando consegue se recuperar um pouco, conta a historia da sua vida para Walton.

Victor nasceu em Genebra, Suíça, como filho mais velho de uma família de classe rica. Ele cresceu junto a uma órfã, Elizabeth. Aos dezenove anos, Frankenstein vai para uma universidade em Ingolstadt. Seu interesse por química e matemática rapidamente se transforma em obsessão. Depois de quatro anos de frenéticos estudos ele descobriu como “dar vida a matéria inerte”, e criou assim um monstro de proporções gigantescas, que foi montado com pedaços de corpos roubados de cemitérios, matadouros e salas de dissecação. Porém, assim que a criatura abre os olhos, Frankenstein se depara com a realidade e vê que o seu sonho construiu uma criatura horrenda. Quando acorda no outro dia, a criatura havia desaparecido.

Depois de sofrer enfermo na cama alguns meses, Frankenstein volta para Genebra ao saber que seu irmão mais novo fora assassinado. Chegando lá, descobre que uma amiga da família havia sido acusada do assassinato, noticias que lhe causam grande pesar. Ao ver o monstro na estrada, ele faz a ligação das tragédias com ele. Criatura e criador se encontram depois nos valeis alpinos, onde o monstro conta a sua historia.

Assim que saiu do laboratório de Frankenstein, o monstro foi para a vila, onde foi insultado e atacado pelos moradores assustados. Ele acabou se refugiando numa cabana perto de uma casa habitada por uma família pobre, constituída de um velho cego e seus dois filhos. Observando-os, o monstro aprende a falar e ler, e com anseio de carinho e proteção, alem de compaixão pela pobre família, decide conhecer seus vizinhos. Ele tem uma conversa agradável com o velho cego, mas seus filhos chegam inesperadamente e, assustados com a sua horrenda aparência, surram-no e no mesmo dia fogem da casa. Completamente preenchido de ódio, o monstro jura vingança contra toda a humanidade. Mas antes decide encontrar o seu criador, Victor Frankenstein, para tentar convence-lo de criar uma companhia feminina para ele.

Assim, Frankenstein aceita a proposta do monstro, com as condições de que ele e sua companheira se refugiem na densa mata da Amazônia para sempre. Victor vai para Inglaterra para terminar o seu trabalho acompanhado de seu amigo Henry Clerval. Quando o seu trabalho estava avançado, começa a questionar a sua promessa e decide destruir tudo que havia feito. O monstro mata Henry e Victor é acusado de seu assassinado. Ele eventualmente retorna para Genebra, se casa com sua irmã adotiva, Elizabeth, e, na noite de núpcias, o monstro a mata. O pai de Victor, abalado com a noticia, morre também, o que faz Frankenstein prometer perseguir e acabar com a criatura que havia criado. Assim tem inicio uma perseguição que acaba indo ate as regiões do ártico, quando ele foi  levado para dentro do barco de Walton.

O barco da expedição de Walton se livra do gelo e ele, pressionado pela sua tripulação, decide voltar abandonando assim sua missão. A saúde de Victor acaba deteriorando e ele acaba falecendo. No dia seguinte, Walton encontra o monstro junto ao corpo de Frankenstein dentro do barco. A criatura conta de seu sofrimento e como o alvo de seu ódio estava morto, ele agora odiava a ele mesmo. Assim, falou que iria criar uma pira funerária para si próprio nos confins do artigo desaparecendo assim do mundo que o odiou tanto.

 

Literatura Gótica

A literatura gótica é parte do Movimento Romântico do final do século dezoito. É caracterizado por inovação, espontaneidade, liberdade de pensamento e expressão, idealização da natureza e crença de viver numa era de novos começos e grandes possibilidades. A primeira novela que depois foi identificada como gótica foi o “Castelo de Otranto: uma historia gótica” de Horace Walpole, escrita em 1764. Como muitas outras historias góticas, se passa numa sociedade medieval, com muitos desaparecimentos misteriosos e o protagonista é solitário e tem uma certa natureza egocêntrica.

Alguns desses elementos aparecem em Frankenstein. A natureza, por exemplo, é utilizada com freqüência para criar atmosfera. Os Alpes e as nevoas do ártico servem para indicar a isolação dos dois protagonistas. E a solidão pode ser aplicada tanto para Victor como para sua criatura, pois ambos viviam uma vida em isolamento social.

Novelas góticas eram escritas para evocar o terror nos seus leitores, mas elas também serviam para mostrar o lado negro da natureza humana. Elas descrevem os “terrores que se escondem embaixo da controlada e ordenada superfície da consciência humana”.

Obviamente, Mary Shelley mistura também elementos de ficção cientifica. Ela usou os mais recentes achados tecnológicos de seu tempo para criar Frankenstein. Ela mudou o fogo do céu do mito de Prometeu (ver abaixo) com a recentemente descoberta eletricidade.

 

O Mito de Prometeu

O subtítulo do livro, “O Moderno Prometeu”, se refere a figura da mitologia grega que é responsável pelo conflito entre os homens e os deuses. Para conseguir ajudar as pessoas, Prometeu roubou o fogo de Zeus. Os humanos ficaram assim com vantagem sobre os animais, já que o fogo dava habilidade de fazer armas e ferramentas. Prometeu foi severamente punido por Zeus, que o acorrentou a uma rocha e, durante a noite, era visitado por uma águia que comia seu fígado. Durante o dia, porem, seu fígado crescia novamente para o seu tamanho original.

O subtítulo também se refere a historia do Prometeu plastificador, outra lenda em que ele criou e animou os seres humanos a partir da argila.

Assim, Victor Frankenstein pode realmente ser visto como um “moderno Prometeu”. Criando vida, ao invés de apenas ter sido criado, ele desafia os deuses. Tomando o lugar de deus Victor se transforma em criador. Assim como Prometeu, Victor é punido por seus feitos, porem, pela criatura que criou, enquanto Prometeu foi punido pelo deus de quem roubou o fogo.

 

Como a historia foi Concebida

Numa de suas viagens a Europa continental, mais precisamente em 1816, junto com Percy Shelley, Mary conheceu Lord Byron, do qual tinha se tornado vizinha. Forçados a passar muito tempo em casa devido a um verão desagradável e chuvoso, começaram a ler historias de fantasmas traduzidas do alemão para o francês.

Um dia Lord Byron disse “Cada um de nós vai escrever uma estória de fantasmas”. Eram quatro, Mary, Percy, Byron e Polidori, um amigo de Byron. Cada um tentou escrever a sua historia, mas Mary se dedicou a pensar em uma. Ela queria “uma estória que falasse aos misteriosos medos nossa natureza e despertasse um espantoso horror”. [1] Vários dias ao acordar perguntavam a ela se já tinha encontrado a estória, e respondia sempre negativamente.

Muitas e longas eram as conversas entre Lord Byron e Percy, as quais Mary assistia devotamente. Durante uma delas discutiram sobre o principio da vida, entre outros assuntos. Falaram sobre as experiências do Dr. Darwin, as possibilidades de reanimar um cadáver, coisa que se acreditava possível através das recentes descobertas da galvanização. A noite escoou sobre essa conversa e já passava da meia noite quando se retiraram para dormir. Porem Mary, com a imaginação solta, via o cientista debruçado sobre sua criatura. Horrorizada, ela abre os olhos. “Aquela idéia tanto se apossou de meu cérebro que um arrepio de medo percorreu meu corpo” conta Mary [2] . Desejando substituir a imagem da sua fantasia pela realidade ela abre os olhos e tenta se livrar da imagem aterrorizadora que tinha recém imaginado. Tentando pensar em outra coisa, ela se lembra da sua infeliz estória de fantasmas. Foi então que a idéia lhe empolgou e resolveu utiliza-la.

No principio, Mary pensou em escrever apenas algumas paginas, um conto curto, mas Percy incitou-a a estender a idéia e acabou se tornando um livro. Alguém pode dizer que a idéia não foi propriamente dela, por isso mesmo na introdução ao livro que escreveu depois ela fala o seguinte parágrafo:

“Parodiando Sancho Pança, tudo deve ter um inicio; e esse inicio deve estar ligado a algo que já existiu antes. Para os hindus o mundo é sustentado por um elefante, mas o elefante se acha apoiado em cima de uma tartaruga. Inventar, deve-se admitir humildemente, não consiste em criar algo do nada, mas sim do caos; em primeiro lugar, deve-se dispor dos materiais; pode-se dar forma à substancia negra e informe, mas não se pode fazer aparecer a própria substancia. Em tudo o que se refere às descobertas e às invenções, mesmo àquelas que pertencem à imaginação, lembramo-nos continuamente da estória do ovo de Colombo. A invenção consiste na capacidade de julgar um objeto e no poder de moldar e arrumar as idéias sugeridas por ele”.

 

Conclusão

Particularmente eu acho essa obra de Mary Shelley fascinante por dois motivos peculiares. Um sendo a incrível metáfora que é para os avanços tecnológicos de hoje, e outro a profundidade dos personagens.

Se Frankenstein fosse escrito hoje, a única diferença visível na historia seria que o monstro haveria sido clonado, ao invés de montado. Claramente influenciada pelas novas descobertas e avanços científicos da Revolução Industrial, Mary Shelley “se preocupava com que o romance fosse considerado como uma advertência contra as inevitáveis conseqüências morais de um incontido prometeanismo experimental e de um materialismo cientifico”. [3] E já anuncia no prefácio: “O fato em que esta ficção se baseia tem sido considerado, pelo Dr. Darwin e alguns dos fisiologistas da Alemanha, como não impossível de acontecer”. [4] É curioso o fato de que os mesmos dilemas morais ressaltados pelo Moderno Prometeu estejam em voga hoje novamente. Da mesma forma como a Revolução Industrial abriu novas possibilidades para a capacidade humana, a revolução da informação hoje gera a mesma coisa, criando novamente as mesmas duvidas, ou ao menos duvidas bastante semelhantes, principalmente neste aspecto da criação e manipulação da vida.

“Nowadays we are witnessing the transformation from industrial to information society but we have the feeling of living at the end of an era, rather than the beginning of a new one. We have unparalleled knowledge and power over nature, and yet this faces us with moral dilemmas and responsibilities for which we are ill-prepared” [5] , e como Orlin Damyanov fala, esses dilemas são os mesmos apresentados tanto no Neuromancer de William Gibson quanto em Frankenstein de Mary Shelley.

Dada a epígrafe do livro, que é a mesma que consta neste trabalho, já se pode prever a tragédia dos personagens. Porem, na realidade, “a tragédia de Victor Frankenstein não deriva de seu excesso de prometeanismo, mas de seu próprio erro moral, sua incapacidade de amar; ele odiava sua criatura, ficou aterrorizado e fugiu as suas responsabilidades”. [6] O leitor acaba tendo muito mais compaixão pela criatura do que pelo seu criador. “O monstro é, ao mesmo tempo, mais intelectual e mais emocional que seu criador; com efeito, excede de muito Frankenstein (e do mesmo modo) como o Adão de Milton excede o Deus de Milton n’O Paraíso Perdido; o maior paradoxo e a mais espantosa realização da novela de Mary Shelley é que o monstro é mais humano do que seu criador”. [7] Obcecado e cego pela ciência, deixando toda moral de lado, Frankenstein cria uma criatura horripilante, da qual só vai se dar conta quando lhe coloca a centelha de vida necessária para abrir o “baço olho amarelo da criatura”. [8] Nesse momento, “ele foge de sua responsabilidade, e desencadeia os acontecimentos que o levarão à sua própria imolação no ártico, fim digno de um ser que jamais conseguiu compreender totalmente a existência de um outro”. [9] Caso tivesse Frankenstein a possibilidade de amar a sua própria criatura, como o monstro tanto lhe implorou em vão, nenhuma tragédia teria ocorrido.

Já a tragédia do monstro é, ironicamente, estética. Hediondo fisicamente, as pessoas acabam por se assustarem e não suportarem a sua presença. Seu criador fala que “todas essas exuberâncias, porém, não formavam senão um contraste horrível com seus olhos desmaiados, quase da mesma cor acinzentada das órbitas onde se cravavam, e com a pele encarquilhada e os lábios negros e retos”. [10] Após todas as tentativas frustradas da criatura de obter afeição dos humanos, é natural compreender o ódio e vingança que ele passa a ter para com a humanidade. Porem, não existiria nenhuma tragédia caso o monstro tivesse sido esteticamente bem sucedido, como a própria criatura observa com amargor no capitulo 17:

“Devo eu respeitar o homem, quando ele me despreza? Se ele fosse bondoso comigo, eu, em vez de maltratá-lo, o cobriria de benefícios, com lágrimas de gratidão por me haver recebido. Mas isso é impossível; os sentidos humanos constituem barreiras intransponíveis para nossa união”.

O monstro possuía a melhor das intenções, mas a visão humana o impedia de realizar qualquer interação com humanos. E isso é o que mais lhe doía, a certeza da impossibilidade de experimentar o amor e a simpatia. Os próprios crimes que cometeu lhe corroíam o coração de remorso. E no encontro no final do livro entre Walton e o monstro, este ultimo fala “você me odeia, mas seu ódio não pode igualar-se ao que eu próprio dedico a mim”. E assim, com tamanho sofrimento, a criatura vai para os confins do ártico acabar com a sua agonia.

 

Bibliografia

SHELLEY, Mary. Frankenstein. Porto Alegre: L&PM, 1999. 276 paginas.

BLOOM, Harold. Pósfacio do livro Frankenstein. Porto Alegre: L&PM, 1999.

DAMYANOV, Orlin. Technology and Its Dangerous Effects on Nature and Human Life as Perceived in Mary Shelley's Frankenstein and William Gibson's Neuromancer. http://www.geocities.com/Paris/5972/gibson.html

WOODBRIDGE, Kim A. Mary Shelley and Frankenstein.

http://www.desert-fairy.com/maryshel.shtml

KEOBKE, Ken. The Frankenstein Mail Art Home Page.

http://www.cityu.edu.hk/ls/research/frankenstein/


A versão completa e original de Frankenstein de Mary Shelley, por já estar em domínio publico, pode ser encontrada na internet no endereço do Projeto Gutenberg:

http://www.gutenberg.net



[1] Introdução de Mary Shelley para o seu livro Frankenstein.

[2] Introdução de Mary Shelley para o seu livro Frankenstein.

[3] Posfácio escrito por Harold Bloom na versão pocket da L&PM de Frankenstein de Mary Shelley.

[4] Prefácio do livro Frankenstein.

[5] Technology and Its Dangerous Effects on Nature and Human Life as Perceived in Mary Shelley's Frankenstein and William Gibson's Neuromancer, paper de pesquisa escrito por Orlin Damyanov

[6] Posfácio escrito por Harold Bloom na versão pocket da L&PM de Frankenstein de Mary Shelley.              

[7] Mesmo posfácio de Harold Bloom.

[8] Fala da personagem Victor Frankenstein no livro.

[9] Posfácio de Harold Bloom.

[10] Uma parte da descrição que Victor Frankenstein faz da sua criatura no momento que esta acorda.